Como controlar os gastos com combustível e aumentar a eficiência das operações na atividade cafeeira?

 

Sabemos que conhecer os componentes do nosso custo de produção é de extrema importância para tomada de decisões mais assertivas. Estamos passando por momentos de alta nos insumos que são essenciais para a safra, como é o caso do combustível.

 

Gráfico 1: Preço dos combustíveis em Minas Gerais avaliado por safra desde 2018 a 2022.

Fonte: Agência Nacional de Petróleo (ANP), adaptado por Sebrae Minas | Educampo. Resultados referente a janeiro de 2020 a junho de 2022. Dados corrigidos pelo IGP-DI de junho/2022.

*21/22: Dados de setembro de 2021 à junho de 2022.

 

Ao avaliarmos os preços dos combustíveis, observamos que, de modo geral, há expectativa de finalizarmos a safra 21/22 com as maiores médias nos preços em relação aos últimos quatro anos. Além do mais, o início da colheita em 2022, atividade com maior representatividade no gasto com combustível, foi marcada por elevados preços do óleo diesel, chegando em média à R$ 7,49 o litro em julho de 2022, valor 36,4% maior em relação a janeiro de 2022.

No Educampo, o uso do combustível representou no biênio 2019/2021, 5,3% dos desembolsos diretos com a atividade cafeeira, sendo maior nas regiões do Cerrado e Sul de Minas, o equivalente à 5,7% e 4,7% respectivamente, e 2,5% na região das Matas de Minas. Em geral, esses resultados corroboram com o fato destas regiões possuírem sistemas produtivos com maior intensidade de mecanização das atividades.

 

Gráfico 2: Percentual de participação do custo com combustível por atividade das Fazendas Educampo no biênio 2019/2021.

Fonte: Sebrae Minas | Educampo. Resultado referente a amostra de 403 fazendas das regiões cafeeiras de Minas Gerais atendidas pelo Educampo, período de 2019/2021. Dados corrigidos pelo IGP-DI de junho/2022.

 

A distribuição dos gastos de combustíveis reforça as peculiaridades produtivas de cada região. No Cerrado, o gasto de combustível foi de R$ 23,6 por saca tendo o seu maior custo associado a operação de colheita. O Sul de Minas apresentou um desembolso de R$ 20,8 por saca, sendo o controle de plantas daninhas a atividade com maior relevância e nas Matas de Minas, um desembolso de R$ 10,5 por saca, atrelado a operação de pós-colheita, na qual o deslocamento do café, das lavouras até a infraestrutura de pós-colheita é o responsável pelo alto valor.

Por isso prezado produtor, para aumentarmos a eficiência das operações na atividade cafeeira em relação aos gastos com combustíveis é primordial buscarmos a redução do desperdício dentro das atividades. E para isso, precisamos manter em dia as manutenções dos maquinários, ser eficiente na execução das operações e procurar aumentar a produtividade para diluirmos o valor desembolsado por saca produzida. Converse com o seu consultor especialista para discutir e avaliar as operações em sua propriedade.

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