A cafeicultura se caracteriza por ser um negócio que demanda elevado aporte de capital para o início das operações, o que o torna desafiador. O produtor, detentor de valores elevados investidos na atividade possui o desafio de a cada safra buscar equilíbrio em suas operações econômicas para contrapor esse cenário e alcançar a eficiência.

Uma das formas de avaliar a eficiência do negócio cafeeiro é através do indicador taxa de remuneração do capital. Esse indicador demonstra o retorno econômico da atividade de acordo com o capital que já foi investido, nos permitindo comparar o negócio cafeeiro com as demais alternativas de aplicação do capital.

Tabela 1: Indicadores econômicos estratificados de acordo com a taxa de remuneração do capital sem terra (TRCST) das fazendas participantes da plataforma Educampo no biênio 19/21.

Do valor empatado na atividade cafeeira, em torno de 62% é referente ao investimento em terras. Portanto, para ser eficiente no uso do capital, temos que ser eficientes no uso da terra, buscando melhor desempenho produtivo das lavouras. As propriedades que obtiveram melhores resultados com a taxa de remuneração do capital sem terra apresentaram produtividade 42% maior em relação as propriedades com os piores resultados. Ao aumentar a produtividade, o custo fixo por saca diminui R$ 79,90 por saca.
É importante notar que é possível atingir a eficiência econômica em qualquer propriedade, independentemente de seu tamanho, como pode ser observado no gráfico abaixo. As propriedades que obtiveram melhores rentabilidades foram as que conseguiram melhor equilíbrio no custo de produção, bons preços de vendas e boas produtividades.

Gráfico 1: Indicadores econômicos estratificados de acordo com a taxa de remuneração do capital sem terra (TRCST) e área em produção das fazendas participantes da plataforma Educampo no biênio 19/21.

Assim, caro (a) produtor (a), converse com seu consultor sobre as melhores estratégias para atingir a maior eficiência no uso do capital empatado, buscando sempre o melhor desempenho produtivo das lavouras com os recursos disponíveis.