O controle de pragas e doenças é um dos fatores determinantes para obter altas produtividades com qualidade na cafeicultura. O bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) e a ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix), são exemplos de algumas das principais pragas e doenças que promovem grandes perdas produtivas nas lavouras.

Para entendermos o comportamento do custo com controle de pragas e doenças na produtividade das lavouras cafeeiras, estratificamos as propriedades assistidas pelo Educampo em propriedades que apresentaram maior e menor custo com esta atividade e suas respectivas produtividades (Gráfico 1).

Gráfico 1: Custo do controle de pragas e doenças (R$/hectare) x Produtividade (sacas/hectare) para as três regiões produtoras, considerando 25% das fazendas com menores e maiores custos relacionados ao controle de pragas e doenças.

Fonte: Sebrae Minas | Educampo. Resultado referente a amostra de 403 fazendas das regiões cafeeiras de Minas Gerais atendidas pelo Educampo, biênio 2019/2021. Corrigido pelo IGP-DI de abril/2022.

Ao analisar o gráfico, vemos que as propriedades que tiveram um maior custo com controle de pragas e doenças obtiveram uma maior produtividade, evidenciando a importância de controlar pragas e doenças para incrementar a produtividade nas lavouras.

Entretanto é importante analisar também, a relação entre o custo com controle de pragas e doenças e a produtividade das propriedades que obtiveram maior margem líquida. No gráfico abaixo analisamos o estrato das propriedades superiores em margem líquida do último biênio para cada região.

Observe que ao compararmos as propriedades superiores em margem líquida (Gráfico 2) de cada região com as propriedades que produziram mais no Gráfico 1, observamos que as superiores foram mais produtivas com um custo no controle de pragas e doenças menor.

Gráfico 2: Margem líquida (R$/hectare), custo com controle de pragas e doenças (R$/hectare), e produtividade para as três regiões produtoras, considerando as fazendas superiores em margem líquida.

Fonte: Sebrae Minas|Educampo. Resultado referente a amostra de 403 fazendas das regiões cafeeiras de Minas Gerais atendidas pelo Educampo, biênio 2019/2021. Corrigido pelo IGP-DI de abril/2022.

Com as informações apresentadas é possível verificar que, um custo baixo ou alto no controle de pragas e doenças não necessariamente garante o melhor resultado econômico, sendo necessário observarmos as orientações técnicas. Lembrando que, a alternância entre princípios ativos e métodos de controle devem sempre ser considerados, seja para realizar um bom manejo de resistência ou adoção de práticas mais sustentáveis as lavouras.

Dessa forma, caro produtor, analise os dados de sua propriedade e planeje quais as melhores medidas a serem tomadas para realizar um manejo de pragas e doenças de forma eficiente na sua lavoura consultando sempre o seu consultor especialista Educampo antes de qualquer decisão.